Queimadas no Rio de Janeiro batem recorde em 2024, com 760 focos detectados pelo Inpe, maior número desde 2017

O estado do Rio de Janeiro vem enfrentando um aumento alarmante de queimadas ao longo de 2024, conforme apontado pelo monitoramento por satélite realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Desde o início do ano, foram detectados 760 focos de incêndio, o maior número registrado em um único ano desde 2017, quando houve 959 registros. Esse cenário preocupa as autoridades, uma vez que setembro e outubro são meses com uma grande média histórica de incêndios florestais, indicando que o total de ocorrências pode aumentar.

O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro já havia alertado para o crescimento significativo das queimadas no estado, com um aumento de cerca de 85% em comparação com o ano anterior. Os municípios mais afetados são o Rio de Janeiro, São Gonçalo e Duque de Caxias, liderando o ranking de ocorrências. A qualidade do ar também tem sido comprometida, gerando preocupações com a saúde da população, especialmente em áreas urbanas afetadas pela fumaça.

Especialistas apontam que os ecossistemas ficam mais vulneráveis a incêndios em momentos de seca, como o atual, influenciado por fatores como o aquecimento global e os fenômenos climáticos El Niño e La Niña. Apesar do clima seco contribuir para a propagação das chamas, a origem das queimadas muitas vezes é criminosa, resultando em investigações e prisões em diversos estados do país.

Já em relação à qualidade do ar, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) divulgou um boletim indicando uma melhora nas condições, com tendência de dispersão dos poluentes. No entanto, alguns municípios ainda registraram situações de ar ruim, o que pode afetar a saúde da população, especialmente crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias ou cardiológicas. Recomendações do Ministério da Saúde incluem o aumento da ingestão de água, a permanência em ambientes fechados com ar condicionado e a suspensão de atividades ao ar livre durante os horários de maior concentração de poluentes.

O aumento das queimadas e a deterioração da qualidade do ar no Rio de Janeiro refletem um cenário preocupante que impacta tanto o meio ambiente quanto a saúde pública, necessitando de ações urgentes para mitigar os efeitos dessas ocorrências.

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