Ministro da Fazenda comenta sobre preocupações com inflação dos alimentos e descarta aumento de juros pelo Banco Central

A preocupação com a inflação dos alimentos devido à prolongada seca foi destacada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em declaração nesta quarta-feira (11). Em meio aos impactos nos preços, Haddad ressaltou que o aumento dos juros pelo Banco Central (BC) não é a solução para o problema.

“A inflação preocupa um pouquinho, sobretudo em virtude do clima. Estamos acompanhando a evolução da questão climática, o efeito do clima sobre o preço do alimento e eventualmente sobre o preço de energia faz a gente se preocupar um pouco com isso. Mas a inflação advinda desse fenômeno não se resolve com juros. Juros são outra coisa”, afirmou o ministro durante sua manifestação no Ministério da Fazenda.

Com a proximidade da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, onde será definida a Taxa Selic, especula-se que a taxa atual de 10,5% ao ano pode sofrer um aumento para conter as pressões inflacionárias ocasionadas pela valorização do dólar nos últimos meses e pelo aquecimento do mercado de trabalho. O boletim Focus, que traz projeções de instituições financeiras, indica que há a expectativa de elevação de 0,25 na Selic na próxima reunião, que acontecerá nos dias 17 e 18, encerrando o ano em 11,25%.

Haddad enfatizou a confiança no Banco Central para a tomada de decisões e destacou a importância da próxima reunião do Copom, que será a primeira após a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do BC no próximo ano. Por outro lado, a divulgação de uma inflação oficial negativa de 0,02% em agosto amenizou as pressões por um reajuste maior na próxima reunião do Copom.

Em relação ao crescimento econômico, o ministro da Fazenda mencionou que o Ministério deve elevar a projeção para o PIB de 2024 para acima de 3%. Com um avanço de 1,4% no segundo trimestre em comparação com o trimestre anterior, o PIB elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) surpreendeu positivamente o mercado, refletindo um quadro consistente e com impacto na economia.

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