O Brasil, que está atualmente presidindo o G20, comemorou o consenso em torno do documento como uma conquista histórica. A bioeconomia é um conceito baseado em inovações que utilizam recursos biológicos para o desenvolvimento de produtos, processos e serviços mais sustentáveis. Uma das temáticas centrais envolvendo esse assunto é a substituição de matérias-primas de origem fóssil por outras menos poluentes.
É a primeira vez que o tema da bioeconomia é objeto de um documento multilateralmente acordado, conforme destacado em nota divulgada pela presidência brasileira no G20. Esse setor tem como base a ciência mais avançada e o conhecimento tradicional acumulado ao longo de séculos por povos indígenas e comunidades locais, sendo considerado um caminho promissor para a transição ecológica rumo a uma economia global mais sustentável e inclusiva.
A declaração, intitulada “Princípios de Alto Nível sobre Bioeconomia”, estabelece a concordância entre os países em desenvolver esforços para erradicar a fome e a pobreza, incluir os povos indígenas e comunidades locais, mitigar os efeitos das mudanças climáticas globais, contribuir com a conservação da biodiversidade, promover padrões de consumo e produção sustentáveis, entre outros pontos.
A criação da GIB como um fórum de debates sobre questões relacionadas à bioeconomia foi uma das novidades apresentadas pela presidência brasileira no G20. Esse grupo tem como objetivo estimular os países a compartilharem experiências bem-sucedidas sobre o tema.
O G20 é composto pelas 19 maiores economias do mundo, incluindo a União Europeia e, mais recentemente, a União Africana. Este grupo se consolidou como um fórum global de diálogo e coordenação sobre temas econômicos, sociais, de desenvolvimento e de cooperação internacional.
No final do ano passado, o Brasil assumiu a presidência do G20, sucedendo a Índia. Pela primeira vez, o país está nessa posição desde a criação do atual formato do G20, em 2008. A Cúpula do G20 ocorrerá no Rio de Janeiro no final do ano, e a presidência será transferida para a África do Sul.
A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, esteve presente na 4ª reunião da GIB e destacou a importância da troca de experiências entre os países para o desenvolvimento da bioeconomia em diversas áreas essenciais. O objetivo é estabelecer princípios orientadores que servirão como base para o crescimento desse setor.
