A primeira reunião conjunta entre as duas instituições aconteceu na última terça-feira (10) e contou com a presença do diretor-geral do Inca, Roberto Gil. Ele enfatizou o compromisso com a ciência e a necessidade de fornecer evidências concretas sobre os malefícios dos cigarros eletrônicos. Segundo Gil, é fundamental agir agora para enfrentar os fatores de risco relacionados a doenças crônicas, como o tabagismo, a fim de garantir a sustentabilidade do sistema de saúde no futuro.
O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, expressou apoio à proibição dos cigarros eletrônicos no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele criticou a ideia de regulamentação desses dispositivos, argumentando que ela beneficia apenas o mercado em detrimento da população e da saúde pública. Moreira ressaltou o papel estratégico das duas instituições nesse debate e destacou a importância de gerar evidências científicas sobre os impactos negativos dos cigarros eletrônicos na saúde, especialmente dos jovens.
Especialistas do Inca e da Fiocruz formarão um grupo de trabalho permanente para a produção de dados científicos e econômicos sobre o potencial impacto adverso da presença dos cigarros eletrônicos no mercado. Essa parceria promete trazer informações fundamentadas para embasar políticas de controle do tabagismo e proteger a saúde da população, principalmente dos mais jovens, que são os mais afetados por esses dispositivos eletrônicos.