Jornalistas atacados e perseguidos por forças israelenses na Cisjordânia ocupada, denunciam especialistas da ONU

Jornalistas na Cisjordânia ocupada são vítimas de ataques e perseguições por parte das forças israelenses, conforme denunciaram dois especialistas da ONU. Essa violência inclui disparos contra repórteres e seus veículos, em uma clara tentativa de bloquear a divulgação de informações independentes sobre possíveis crimes de guerra.

Os relatores Irène Khan, especialista em liberdade de opinião e expressão, e Francesca Albanese, especialista da ONU para os Territórios Palestinos, destacaram pelo menos três incidentes ocorridos em setembro, nas cidades de Jenin e Tulkarem. Nestes incidentes, as forças de segurança israelenses dispararam balas reais contra jornalistas e seus veículos enquanto estes cobriam operações militares e vítimas civis. Como resultado, quatro jornalistas ficaram feridos, mesmo estando claramente identificados como profissionais da imprensa.

Estes atos ocorrem em um contexto de crescente violência na região, especialmente após o início da guerra na Faixa de Gaza em outubro. Desde então, a escalada de confrontos entre palestinos, o exército israelense e colonos tem aumentado na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967. Segundo o Ministério da Saúde da Palestina, pelo menos 665 palestinos foram mortos por disparos de soldados ou colonos israelenses, enquanto as autoridades israelenses contabilizam a morte de 24 israelenses em ataques palestinos ou operações militares.

Os jornalistas desempenham um papel crucial na divulgação de informações e na documentação de possíveis violações dos direitos humanos. Portanto, é fundamental que eles possam exercer sua profissão de maneira segura e sem medo de represálias. Os relatores da ONU pediram uma investigação imparcial e a responsabilização dos responsáveis pelos ataques contra jornalistas na Cisjordânia ocupada, a fim de garantir a liberdade de imprensa e a proteção dos direitos humanos nesta região conflituosa.

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