Durante uma coletiva de imprensa no avião papal, o Pontífice ressaltou que enviar migrantes para longe e fechar as portas para eles é um ato de crueldade e que abortar uma criança é um assassinato. Ele enfatizou a importância de falar abertamente sobre essas questões, sem mencionar explicitamente nenhum dos candidatos.
Os comentários de Francisco ocorreram após uma longa viagem ao Sudeste Asiático e Oceania, demonstrando seu comprometimento em alcançar os fiéis nas “periferias” e construir uma igreja menos eurocêntrica. Sua declaração reflete a divisão entre os eleitores católicos nos EUA, que geralmente são tão divididos politicamente quanto o eleitorado em geral.
A Igreja Católica considera o aborto um pecado grave, e o Papa reforçou sua posição contrária, comparando o aborto a um ato de assassinato. Por outro lado, ele tem feito da questão dos migrantes o centro de seu papado, pedindo compaixão e caridade para com aqueles que foram forçados a deixar suas terras por diversos motivos.
Essa não é a primeira vez que o Papa comenta sobre uma corrida presidencial nos EUA. Em 2016, ele afirmou que Trump “não era cristão” devido às suas promessas de deportar imigrantes e construir um muro na fronteira. Suas declarações ecoaram a tensão gerada pela polarização política e moral nos Estados Unidos.