Os combates armados que estão ocorrendo na capital Culiacán e regiões próximas têm relação direta com disputas internas no Cartel de Sinaloa, logo após a prisão nos Estados Unidos de um dos líderes, Ismael “El Mayo” Zambada. Este, que era sócio do ex-líder do cartel, Joaquín “El Chapo” Guzmán, foi detido pelas autoridades americanas, juntamente com Joaquín Guzmán López, filho de “El Chapo”. A suspeita é de que este último tenha sequestrado Zambada para entregá-lo aos Estados Unidos.
Segundo o governador estadual Rubén Rocha Moya, a rivalidade que está gerando todo esse cenário violento começou após a prisão de Zambada em julho deste ano. Rocha também afirmou que essa onda de violência não se restringe apenas a Culiacán, mas se estende também para áreas rurais e municípios vizinhos, como Elota, San Ignacio e Cosalá.
Diante desse cenário, o presidente Andrés Manuel López Obrador se pronunciou sobre a situação em Sinaloa, informando que centenas de militares foram enviados para a região afetada. Ele pediu que haja precaução, mas sem alarmismo, e que os grupos envolvidos atuem com responsabilidade, lembrando que são famílias, conterrâneos e compatriotas envolvidos nessa situação.
Até o final de agosto, as autoridades já haviam relacionado cerca de 10 assassinatos aos conflitos internos do cartel. A situação é grave e requer ação rápida e eficaz por parte das autoridades competentes para conter a escalada da violência em Sinaloa.