Segundo Cabello, os estrangeiros detidos estavam envolvidos em conspirações supostamente “terroristas”, incluindo planos para “atentar contra a vida do Presidente” e causar desestabilização após as eleições presidenciais de 28 de julho, cujo resultado foi questionado pela comunidade internacional.
Os dois espanhóis detidos foram identificados como José María Basua e Andrés Martínez Adasme, com Cabello alegando que eles tinham ligações com o Centro Nacional de Inteligência da Espanha. Já os americanos presos foram Wilbert Josep Castañeda, Estrella David e Aaron Barren Logan, com Castañeda sendo apontado como o “chefe” do plano.
Essas prisões acontecem em meio a tensões diplomáticas entre a Venezuela e os governos de Espanha e Estados Unidos. Ambos os países exigem a divulgação das atas eleitorais, após alegações de fraude por parte da oposição. A tensão entre Madrid e Caracas aumentou recentemente, com a chegada do diplomata asilado Edmundo Gonzalez Urrutia em Madri e com a ministra espanhola da Defesa chamando o governo de Maduro de “ditadura”.
Diante desse cenário, o governo venezuelano classificou as sanções impostas pelos Estados Unidos como uma “agressão” ao país. Além disso, Cabello afirmou que os estrangeiros detidos estão confessando e que houve a apreensão de mais de 400 armas que seriam utilizadas em “atos terroristas”.
O ministro também associou os alegados planos de ataque à Venezuela a centros de informação na Espanha, nos Estados Unidos e a figuras da oposição, exigindo explicações de Madrid e Washington. Todos os detidos estão confessando, afirmou Cabello, destacando a gravidade da situação.
Esses acontecimentos recentes evidenciam a deterioração das relações diplomáticas entre a Venezuela, Estados Unidos e Espanha, bem como a fragilidade da situação política no país sul-americano sob o governo de Nicolás Maduro.