O militar em questão não teve sua identidade revelada, mas foi alvo de um mandado de prisão preventiva por sua participação no uso de drones para atividades criminosas. A investigação teve início após a utilização de um drone adaptado para lançar explosivos contra milicianos na comunidade Gardênia Azul, em Jacarepaguá, no mês passado. A partir disso, a PF identificou o militar como o responsável pela operação remota do equipamento.
Durante a operação no Complexo da Penha, zona norte do Rio, que visava não apenas prender o militar, mas também um líder da facção, policiais foram recebidos a tiros pelos criminosos. Como resultado, quatro moradores locais ficaram feridos e a ação teve que ser suspensa para evitar maiores confrontos armados e proteger a população.
Além das prisões, foram realizados mandados de busca e apreensão pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Os envolvidos foram denunciados pelo Ministério Público Estadual e responderão por crimes de organização criminosa e posse de material explosivo, podendo receber penas de até 14 anos de prisão.
O trabalho investigativo foi realizado pelo Grupo de Investigações Sensíveis (GISE/PF/RJ) com apoio da Delegacia de Repressão a Drogas (DRE/PF/RJ). O nome da operação, Buzz Bomb, faz referência às bombas voadoras alemãs da Segunda Guerra Mundial e ao barulho característico que produziam durante o voo.
Essa ação policial destaca a importância do combate ao crime organizado e do uso de novas tecnologias para atividades criminosas, mostrando o trabalho conjunto das autoridades para garantir a segurança da população e a aplicação da justiça.