Segundo os órgãos envolvidos, os prejuízos sociais decorrentes da atividade ilegal na Floresta Nacional do Jamanxim são alarmantes. O desmatamento, as queimadas ilegais, a aplicação de agrotóxicos, a destruição de áreas de preservação permanente e o impedimento da regeneração da área degradada são apenas algumas das consequências nefastas provocadas pela criação irregular de gado na região.
Durante as fiscalizações realizadas pelo ICMBio, foi constatada a presença de aproximadamente 3 mil cabeças de gado nas áreas desmatadas, sem registro na vigilância agropecuária do Pará. As fazendas responsáveis pela atividade ilegal foram multadas e embargadas pelo instituto, evidenciando a determinação das autoridades em coibir práticas que violem as leis ambientais.
Durante o anúncio da propositura da ação, o advogado-geral da União, Jorge Messias, enfatizou o compromisso do governo federal em punir os infratores ambientais de forma rigorosa. Messias declarou que o governo adotará uma postura de tolerância zero contra crimes ambientais, não aceitando qualquer tipo de infração, especialmente em áreas de conservação e preservação.
O cálculo do prejuízo causado foi estimado a partir do custo social da emissão de gases estufa na área danificada, totalizando o alarmante número de 1.139.075 toneladas de carbono emitidas nos 7.075 hectares danificados da unidade de conservação. Esta ação conjunta da AGU e ICMBio representa um importante passo na proteção e preservação do meio ambiente, demonstrando a determinação das autoridades em combater práticas que comprometam a biodiversidade e a sustentabilidade ambiental.