De acordo com a Secretaria da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina, a chuva preta se espalhou também pela região da serra e pelo leste do estado. Apesar do impacto visual nas hortaliças, a chuva contribuiu para uma limpeza da fuligem no ar, o que minimizou os danos à saúde.
O pesquisador de hidrologia da Epagri/Ciram, Guilherme Miranda, ressaltou que a chuva preta não prejudicou de forma significativa o setor agropecuário, e que, com a lavagem da fuligem, não houve prejuízos graves à saúde. No entanto, ele alertou sobre a necessidade de higienização dos bebedouros expostos à chuva negra para a pecuária.
Após o episódio da chuva preta, a previsão é de que o clima se estabilize na região, com a continuidade das precipitações e a predominância de ventos do sul. Isso deve contribuir para inibir o transporte de fumaça do Norte para o Sul do Brasil, impedindo a ocorrência de novos eventos de chuva preta nos próximos dias.
Em meio a esses acontecimentos, a Amazônia registrou um aumento significativo na emissão de gases do efeito estufa decorrente das queimadas. Dessa forma, a preocupação com o meio ambiente e a preservação da natureza se tornam ainda mais urgentes em um cenário de mudanças climáticas e degradação ambiental.