Venezuela protesta contra União Europeia por classificar governo de Maduro como “ditatorial”

Em meio a intensas críticas da União Europeia à reeleição controversa do presidente Nicolás Maduro, a Venezuela entregou uma nota de protesto à representante do bloco em Caracas. A vice-ministra de Relações Exteriores para a Europa, Coromoto Godoy, foi responsável por entregar a nota à chefe da delegação da UE, Rachel Roumet, em resposta às declarações do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, que classificou o governo de Maduro como “ditatorial”.

Em uma postagem nas redes sociais, Godoy ressaltou que as contínuas declarações intervencionistas de Borrell são inaceitáveis e reforçou que a Venezuela não tolerará mais intromissões externas. Ela enfatizou que a União Europeia deve preocupar-se com seus próprios problemas, deixando claro o desconforto do governo venezuelano com a posição adotada pelo bloco europeu.

Borrell, por sua vez, mencionou as graves violações dos direitos humanos na Venezuela após a eleição presidencial fraudulenta de Nicolás Maduro, que resultou em 2 mil pessoas detidas arbitrariamente, mortes, feridos e a fuga de líderes da oposição. O chefe da diplomacia europeia classificou o governo de Maduro como ditatorial e autoritário, em linha com as críticas de outros países e organizações internacionais.

A situação política na Venezuela continua tensa, com a autoridade eleitoral ainda não tendo divulgado o escrutínio detalhado das eleições. Os EUA, UE e muitos países latino-americanos exigem a divulgação dos resultados mesa por mesa, a fim de garantir a transparência do processo eleitoral. Enquanto isso, o chanceler venezuelano, Yván Gil, respondeu às declarações de Borrell chamando-o de “porta-voz do mal”, evidenciando a escalada das tensões entre Venezuela e União Europeia.

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