Segundo informações oficiais, os aparelhos teriam sido encomendados à fabricante taiwanesa Gold Apollo e foram manipulados por Israel antes de serem enviados ao Líbano. O Hezbollah atribuiu o ataque ao país vizinho, Israel. Uma fonte próxima ao grupo afirmou que os pagers parecem ter sido sabotados desde a origem.
Ainda de acordo com o NYT, cerca de 3 mil pagers foram encomendados, a maioria deles do modelo AP924. A analista militar e de segurança Elijah Magnier destacou que a inteligência israelense provavelmente se infiltrou na cadeia de abastecimento dos dispositivos para adicionar os explosivos e mecanismos de ativação remota sem levantar suspeitas.
Magnier também levantou a possibilidade de que a terceira parte envolvida na venda dos dispositivos possa ter sido uma frente de inteligência criada por Israel para esse fim. A ação dos pagers explosivos gerou uma série de mortes e ferimentos no Líbano, aumentando a tensão entre o país e Israel.
Os ataques representam mais um episódio na longa história de conflitos na região, com acusações mútuas entre os grupos envolvidos. A população civil acaba sendo a principal afetada por essas ações, que demonstram a complexidade e a sensibilidade da situação político-militar no Oriente Médio.