Os pagers são caixinhas que permitem receber mensagens, alertas e números de telefone por meio de uma radiofrequência própria, contornando as redes telefônicas móveis. De acordo com especialistas, essa característica os torna mais confiáveis do que os celulares, especialmente em situações de emergência, já que o sinal do pager consegue penetrar em materiais como o aço.
No entanto, a utilidade dos pagers foi alvo de um incidente recente no Líbano, onde membros do grupo xiita Hezbollah tiveram seus dispositivos explodidos quase simultaneamente, resultando em nove mortes e cerca de 2.800 feridos. O movimento islâmico atribuiu o ataque a Israel, que não se pronunciou sobre o assunto.
Apesar da queda no uso dos pagers ao longo dos anos, sua presença ainda é notável em ambientes como hospitais nos Estados Unidos. Um estudo realizado em 2017 revelou que cerca de 80% das equipes hospitalares americanas utilizam esses dispositivos, com metade das mensagens recebidas relacionadas ao atendimento ao paciente.
A história dos pagers remonta a 1949, quando o primeiro dispositivo foi patenteado nos Estados Unidos por Alfred Gross. A Motorola, principal fabricante do equipamento, registrou o termo “pager” em 1959 e desde então tem sido uma das líderes de mercado nesse segmento.
Apesar da diminuição de sua popularidade em comparação aos anos dourados, os pagers continuam sendo uma ferramenta de comunicação confiável em cenários específicos, como o caso dos hospitais. A explosão dos dispositivos no Líbano, além de evidenciar a importância contínua desse meio de comunicação, levanta preocupações sobre possíveis vulnerabilidades em sua segurança.