Em entrevista à Agência Brasil, Ubirani Otero destacou que, caso não sejam adotadas medidas preventivas agora, o país corre o risco de enfrentar um aumento significativo nos casos de câncer relacionados ao sistema respiratório no futuro. Segundo a especialista, a melhor forma de prevenção é eliminar a exposição à fumaça o mais rápido possível, a fim de evitar futuros casos da doença.
A fumaça das queimadas é composta por diversos produtos químicos que tornam o ar cancerígeno, incluindo monóxido de carbono, solventes, metais pesados, hidrocarbonetos aromáticos e fuligem. Este cenário é agravado pela extensão dos incêndios florestais no país, que já consumiram mais de 11 milhões de hectares somente este ano, de acordo com dados do Monitor do Fogo Mapbiomas.
Diante desse panorama preocupante, chefes dos Três Poderes da República se reúnem para discutir medidas emergenciais para lidar com os incêndios florestais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs o encontro, que visa abordar a situação crítica das queimadas em todo o país.
Os riscos à saúde da população, especialmente de crianças, idosos e trabalhadores expostos à fumaça, são alarmantes. A epidemiologista do Inca destaca a importância de cuidados específicos, como a suspensão de aulas em locais críticos e o uso de equipamentos de proteção individual para os bombeiros que combatem as chamas diretamente.
É crucial que o governo adote medidas rigorosas para combater as queimadas e proteger a saúde da população. A conscientização sobre os perigos da exposição à fumaça e a implementação de políticas preventivas são essenciais para evitar um cenário desastroso de aumento dos casos de câncer no país. A atuação conjunta de autoridades e da sociedade civil é fundamental para enfrentar essa crise e proteger a saúde dos brasileiros.