As explosões foram registradas em diferentes partes do país, incluindo o subúrbio sul de Beirute, reduto do Hezbollah. Imagens de pessoas correndo para se proteger durante o funeral de quatro militantes mortos nas explosões anteriores no subúrbio da capital libanesa ilustraram o clima de tensão e medo que se instalou na região.
De acordo com o Ministério da Saúde libanês, a onda de explosões causou a morte de pelo menos 14 pessoas e deixou mais de 450 feridos. O Hezbollah, aliado do Hamas, afirmou que continuará suas operações em apoio a Gaza e prometeu uma “justa punição” contra Israel pelo ataque.
Os ataques com os dispositivos de comunicação programados para explodir e contendo materiais explosivos geraram uma série de repercussões políticas e diplomáticas. O presidente iraniano condenou os ataques e culpou os países ocidentais aliados de Israel, enquanto o governo húngaro e a empresa taiwanesa envolvidos no caso se pronunciaram sobre a questão.
O cenário de conflito se agrava na região, com a fronteira entre Israel e o Líbano se tornando palco de confrontos quase diários. Autoridades internacionais expressaram preocupação com a instabilidade na região e a possibilidade de uma guerra mais ampla. O secretário-geral da ONU defendeu que objetos civis não sejam transformados em armas, enquanto o secretário de Estado dos EUA buscou reativar as negociações por um cessar-fogo na guerra entre Israel e o Hamas em Gaza.
Diante desse cenário tenso, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, fará um pronunciamento público para abordar a situação. As consequências dessas explosões e a escalada de violência na região continuam a gerar preocupações e incertezas sobre o futuro do Oriente Médio.