Negociações de paz com ELN são interrompidas após ataque que matou dois soldados e feriu 26 no nordeste da Colômbia.

O ministro do Interior da Colômbia, Juan Fernando Cristo, anunciou nesta quarta-feira (18) que as negociações de paz com o grupo guerrilheiro ELN estão temporariamente interrompidas. Essa decisão veio após um ataque atribuído ao ELN, que resultou na morte de dois soldados e deixou outros 26 feridos.

Em entrevista à Blu Radio, o ministro Cristo afirmou que as conversas de paz estão estagnadas há várias semanas, o que representa um retrocesso nas negociações. O presidente colombiano, Gustavo Petro, lamentou o ataque que ocorreu em Puerto Jordán, no departamento de Arauca, descrevendo-o como um obstáculo no processo de paz que vinha sendo construído.

Os soldados feridos no ataque foram transferidos para o Hospital Militar de Bogotá, onde receberam atendimento médico. O presidente Petro visitou os soldados, mas não fez declarações sobre as próximas medidas a serem tomadas em relação ao ELN.

Desde agosto, o ELN intensificou os ataques contra alvos militares, levando o governo colombiano a retomar a ofensiva militar após o término do cessar-fogo em vigor desde 2023. O ministro da Defesa, Iván Velásquez, expressou preocupação com a postura do ELN nas negociações de paz, alegando que o grupo parece mais interessado nas mesas de negociação do que na pacificação do país.

A falta de um posicionamento claro por parte dos líderes do ELN em relação ao abandono das armas dificulta ainda mais as negociações. No entanto, o Alto Comissário da Paz do governo e o presidente Petro serão responsáveis por determinar os rumos futuros das conversas com a guerrilha.

Em meio a esses acontecimentos, é fundamental manter um olhar atento sobre a situação na região, bem como buscar soluções pacíficas para encerrar o conflito armado na Colômbia. O desfecho das negociações com o ELN terá impacto direto na estabilidade e segurança do país e da região como um todo.

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