O ataque começou na terça-feira, quando centenas de pagers de membros do Hezbollah explodiram quase simultaneamente em áreas estratégicas do sul de Beirute, no leste do Líbano e na fronteira sul. Esta primeira onda de explosões resultou em pelo menos 12 mortos e 2.800 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde libanês.
Já na quarta-feira, os walkie-talkies explodiram em redutos do Hezbollah, resultando em mais 25 mortes. As imagens chocantes mostraram pessoas correndo em busca de segurança durante o funeral de quatro milicianos mortos por dispositivos de comunicação explosivos em Beirute. O ministro da Saúde do Líbano destacou que os walkie-talkies foram mais letais, pois são dispositivos volumosos.
O líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, tem um discurso marcado para esta quinta-feira, o que aumenta as expectativas sobre qual será a resposta do grupo a estes ataques. O Hezbollah culpou Israel pelas explosões e prometeu vingança.
Especialistas consideram que os explosivos foram colocados nos dispositivos de comunicação durante a fabricação, o que tornou o ataque mais letal. A empresa japonesa Icom afirmou que parou de produzir o modelo de walkie-talkies que explodiram no Líbano.
Israel se absteve de comentar as explosões, que ocorreram em meio a tensões na região devido aos confrontos na fronteira com o Líbano e a guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza. Os ataques do Mossad, o serviço de inteligência israelense, são apontados como possíveis responsáveis pelas explosões dos pagers.
No entanto, a situação continua tensa no Líbano e a população vive um clima de medo e incerteza. A expectativa é que o discurso de Nasrallah traga respostas e novas perspectivas sobre o futuro do país. A comunidade internacional se mantém atenta aos desdobramentos desses eventos impactantes no Líbano.