De acordo com o estudo, os bebedores perigosos foram mais propensos do que os bebedores de baixo risco ou os não bebedores a estimar com precisão o número de calorias na cerveja, no vinho e nas bebidas destiladas. O professor Andrew Steptoe, da Universidade de Londres, ressaltou a importância da rotulagem de calorias para atingir os bebedores de alto risco, que consomem uma proporção maior de calorias do álcool e têm maior probabilidade de ganhar peso em excesso como resultado.
Os pesquisadores destacaram que a rotulagem de calorias poderia influenciar na escolha das bebidas por parte dos consumidores. Mais de um quarto dos bebedores perigosos afirmaram que escolheriam bebidas com menos calorias se o valor estivesse impresso no rótulo, enquanto um em cada seis disse que beberia álcool com menos frequência e consumiria menos bebidas.
Apesar do impacto positivo da rotulagem de calorias, os pesquisadores alertaram que a medida sozinha não seria suficiente para reduzir substancialmente os danos do álcool e da obesidade. Eles ressaltaram a importância de uma abordagem mais abrangente, incluindo regulamentações sobre publicidade, disponibilidade, tributação e preço.
Em países como o Reino Unido e o Brasil, as bebidas alcoólicas não são obrigadas a colocar a tabela nutricional em seus rótulos, o que pode contribuir para o desconhecimento sobre o valor calórico desses produtos. Portanto, a introdução da rotulagem de calorias no álcool pode ser um passo importante para informar e conscientizar os consumidores sobre os impactos do consumo excessivo de álcool em sua saúde e bem-estar.