Após ocupar o presídio de Tocorón, onde o Tren de Aragua operava, o governo venezuelano declarou ter “desmantelado totalmente” o grupo. No entanto, a realidade se mostrou ainda mais sombria, com a acusação de que o líder do grupo, Héctor Rusthenford Guerrero, conhecido como ‘El Niño’ Guerrero, estaria ligado aos Estados Unidos.
Essa acusação veio acompanhada da afirmação de que ‘El Niño’ Guerrero teria sido o responsável por diversos atos de violência durante os protestos contra a reeleição de Maduro. O presidente venezuelano afirmou que ele teria sido cooptado pela CIA e que o objetivo era usá-lo como peão na agressão contra a Venezuela.
A acusação tomou a oposição de surpresa, que agora se vê associada a um grupo criminoso ativo no país. Outros países, como Colômbia, Peru, e até mesmo os Estados Unidos, também são mencionados como locais onde o Tren de Aragua teria se expandido.
Para especialistas, essa mudança na narrativa por parte do governo venezuelano tem como objetivo satanizar a oposição e associá-la a elementos negativos na mente do público. Além disso, as relações entre o Tren de Aragua e os Estados Unidos também estão sendo questionadas, com acusações de planos para assassinar Maduro e promover ações terroristas no país.
Em meio a esse cenário turbulento, a situação política na Venezuela se torna cada vez mais complexa, com acusações de fraude eleitoral, relações obscuras com grupos criminosos e uma oposição dividida e acusada de vínculos controversos. A incerteza paira sobre o futuro do país e a estabilidade da região.