A ordem judicial foi expedida pela 2ª Vara Federal de Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. Durante as buscas, foram encontradas armadilhas de caça de micos, evidenciando a atuação criminosa do grupo investigado. Em operações anteriores, como a Akpé, realizada em fevereiro de 2024, a Polícia Federal conseguiu repatriar micos-leões-dourados e araras-azuis-de-lear que haviam sido vítimas de tráfico internacional e estavam no Togo, país da África Ocidental.
No município de Porto Velho, em uma ação realizada em agosto deste ano, foram apreendidos 11 animais silvestres, incluindo oito micos-leões-dourados. A investigação contou com a participação de diversos órgãos, como o Centro de Primatologia do Rio de Janeiro, o ICMBio, o Ibama e a Associação Mico Leão Dourado, que rastrearam a origem geográfica dos animais apreendidos até o Parque Natural Municipal do Mico-Leão Dourado, em Cabo Frio.
O suspeito envolvido na prática ilegal foi preso em flagrante e responderá por crimes como caça profissional de animais silvestres, manutenção ilegal de animais em cativeiro, maus-tratos e uso de anilha falsa. Além disso, será investigado por receptação qualificada e perigo para a vida ou saúde de terceiros. Após ser encaminhado à Delegacia de Meio Ambiente da Superintendência da PF no Rio de Janeiro, o suspeito ficará à disposição da Justiça Federal no sistema prisional do estado. A perícia criminal federal será realizada para aprofundar os exames periciais e identificar a origem dos animais apreendidos, visando a proteção da fauna brasileira ameaçada de extinção.