Aumento de 70% nos casos de AVC entre 1990 e 2021 revela preocupação global com os fatores de risco modificáveis.

O mundo está enfrentando um aumento alarmante no número de casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC), de acordo com um estudo recente publicado na revista The Lancet Neurology. Entre os anos de 1990 e 2021, houve um aumento de 70% nos casos de AVC, totalizando 11,9 milhões de novos casos.

Além disso, as mortes relacionadas ao AVC aumentaram em 40% durante o mesmo período, tornando o AVC a terceira doença mais mortal do mundo, atrás apenas da doença cardíaca isquêmica e da Covid-19. Isso representa um cenário preocupante, já que as estratégias de prevenção atuais parecem não ser eficazes o suficiente para conter o crescimento desses índices.

O estudo também aponta para os fatores de risco modificáveis que contribuem significativamente para o aumento dos casos de AVC. Por exemplo, o alto índice de massa corporal (IMC) está associado a 88% dos novos casos, seguido pelo alto nível de açúcar no sangue, dieta rica em bebidas açucaradas, baixa atividade física e alta pressão arterial sistólica.

A situação se agrava em países desfavorecidos da Ásia e da África Subsaariana, onde a falta de serviços de prevenção e cuidados com AVC exacerbam o problema. Além disso, o aumento da temperatura global e a poluição atmosférica por partículas contribuem ainda mais para a saúde precária e morte prematura devido ao derrame, representando desafios adicionais para o futuro.

Diante desse cenário preocupante, a Organização Mundial do AVC estima que até 2050, a doença será responsável por 9,7 milhões de mortes por ano, com um foco especial nos países de renda média e baixa. É importante ressaltar que o AVC pode ocorrer de duas maneiras diferentes: isquêmico, quando há uma obstrução arterial, e hemorrágico, quando há rompimento de um vaso cerebral, ambos representando graves riscos à saúde pública.

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