Polícia Federal indicia senadores do MDB por suposto recebimento de propinas milionárias em troca de favores no Congresso

A Polícia Federal (PF) indiciou os senadores Eduardo Braga e Renan Calheiros, juntamente com o ex-senador Romero Jucá, todos do MDB, por suposto recebimento de propinas milionárias do Grupo Hypermarcas em troca da defesa de interesses da farmacêutica no Congresso Nacional. Após seis anos desde a abertura do inquérito pelo Supremo Tribunal Federal, a corporação imputa aos três supostos crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

O inquérito, que foi enviado ao gabinete do ministro Edson Fachin em agosto e posteriormente repassado à Procuradoria-Geral da República, aguarda decisão do órgão sobre a possibilidade de denunciar os parlamentares. No caso do ex-senador Romero Jucá, que não possui mais foro por prerrogativa de função, a parte da denúncia que o envolve deve tramitar em primeira instância.

Os senadores Braga, Renan e Jucá foram citados na delação de Nelson Mello, ex-diretor de Relações Institucionais do Grupo Hypermarcas. Segundo o delator, as propinas teriam sido negociadas via o lobista Milton Lyra, apontado como operador do MDB, que agia em nome dos senadores para iniciativas de interesse da empresa e do setor farmacêutico no Congresso.

As defesas dos acusados rejeitam as imputações. A defesa de Jucá enfatizou que o inquérito se baseia unicamente na delação premiada do executivo do Grupo Hypermarcas e que não há evidências que apontem para atos de corrupção. Além disso, afirmam que as contribuições para campanha política foram legítimas e em conformidade com as regras eleitorais.

Ainda aguarda-se o desenrolar do caso e a manifestação dos envolvidos perante as acusações. O cenário político brasileiro, mais uma vez, se vê envolvido em escândalos de corrupção que abalam a confiança da população nas instituições governamentais. O desfecho deste caso será aguardado com grande expectativa pela sociedade.

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