Focos de calor atingem Terra Indígena Kayapó em setembro, consumindo 17,41% do território, aponta relatório do Greenpeace Brasil

Um levantamento divulgado recentemente pelo Greenpeace Brasil revelou dados alarmantes sobre os focos de calor registrados na Terra Indígena Kayapó, localizada nos estados de Mato Grosso e do Pará. De acordo com o estudo, o mês de setembro foi responsável por concentrar a maior parte dos incêndios, totalizando 61,25% do total registrado ao longo do ano.

O relatório apontou que dos 2.937 focos identificados, 1.799 ocorreram em setembro, representando um aumento significativo em relação aos anos anteriores. O impacto desses incêndios na região foi devastador, com 571.750 hectares consumidos pelas chamas, o pior índice desde o início do monitoramento em 2012.

Segundo informações da ONG Greenpeace Brasil, a realização da Operação Xapiri Tuíre, que contou com a participação de órgãos como o IBAMA, a FUNAI e a Polícia Federal, teve como objetivo combater crimes relacionados ao garimpo na Terra Indígena Kayapó. Durante a ação, foram encontradas cinco vilas de garimpeiros, o que evidenciou a gravidade da situação na região.

Entrevistado pela Agência Brasil, o coordenador da Frente de Povos Indígenas do Greenpeace Brasil, Jorge Dantas, ressaltou a extensão dos danos causados pelos incêndios na Terra Indígena Kayapó, destacando a urgência de medidas para conter a destruição. Dantas também alertou para a presença crescente de garimpeiros em territórios indígenas de todo o país, apontando a necessidade de proteção e preservação dessas áreas.

Diante desse cenário preocupante, especialistas ressaltam a importância dos povos indígenas como fundamentais na preservação da biodiversidade e na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. A proteção dos territórios indígenas é essencial não apenas para as comunidades locais, mas também para a saúde do planeta como um todo.

Nesse contexto, a atuação do governo federal na demarcação e proteção das terras indígenas torna-se crucial para garantir a sobrevivência e a preservação desses ecossistemas. É fundamental que a sociedade civil e as autoridades competentes ajam de forma urgente para combater a destruição causada pelos incêndios e garantir a segurança e o bem-estar das comunidades indígenas.

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