Durante uma visita de 12 dias ao Haiti, O’Neill enfatizou a urgência de acabar com essa situação desesperadora, apontando a falta de capacidade logística e técnica da polícia para conter os grupos criminosos. Além disso, a Missão Multinacional de Apoio à Segurança no Haiti (MMAS) está operando com menos de um quarto do efetivo previsto, além de contar com material inadequado e recursos insuficientes.
Como resultado, as gangues continuam dominando mais de 80% de Porto Príncipe e as principais rodovias do país, causando deslocamentos em massa e insegurança alimentar aguda para milhões de pessoas, sendo metade delas crianças. A violência sexual também tem sido usada como uma arma pelos grupos criminosos para manter o controle sobre a população.
Diante desse cenário alarmante, O’Neill fez um apelo para que a missão internacional receba os recursos necessários para apoiar de maneira eficaz a polícia haitiana. Além disso, ele destacou a importância de as autoridades haitianas combaterem a corrupção e a má gestão do governo, que têm agravado a crise humanitária no país.
A comunidade internacional também foi instada a aplicar medidas votadas pelo Conselho de Segurança, como um regime de sanções e embargo seletivo, para ajudar a conter a situação no Haiti. Enquanto as soluções estão disponíveis, é crucial que os esforços sejam redobrados imediatamente para evitar um aprofundamento da crise.