As investigações apontam para a possibilidade de crimes ambientais por trás desses incêndios. De acordo com o delegado da Polícia Federal responsável pelos casos, Humberto Freire de Barros, existem diversas hipóteses que podem explicar o surgimento desses focos de fogo. Desde a ação criminosa de indivíduos até questões relacionadas à resistência a políticas públicas ambientais.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, também destaca a gravidade do cenário atual, alertando para a resistência à retomada de uma política ambiental eficaz. Com quase 200 mil focos de incêndio registrados este ano, sendo mais da metade na região amazônica, a situação é crítica.
O pesquisador Mauricio Torres, do Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares, ressalta a conexão entre os incêndios e a prática de grilagem, que visa apropriar-se ilegalmente de terras públicas. Ele explica que o fogo é uma etapa desse processo, permitindo a derrubada da floresta para posterior ocupação.
O delegado Humberto Freire de Barros ressalta que é necessário investigar a fundo cada caso, pois os incêndios podem estar relacionados a outros crimes, como formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Ele também levanta a possibilidade de retaliação por parte de criminosos ambientais em resposta a ações de fiscalização e desintrusão de terras.
Os incêndios florestais no Brasil exigem uma resposta urgente e eficaz das autoridades competentes. A investigação cuidadosa desses casos é fundamental para responsabilizar os culpados e evitar que novas tragédias ambientais ocorram no país.