O relatório intitulado “Nacional sobre a Demência: Epidemiologia, (re)conhecimento e projeções futuras” evidenciou a importância de ações conjuntas e estratégias de prevenção e promoção da saúde para lidar com esse problema. O secretário-adjunto de Atenção Primária do Ministério da Saúde, Jérzey Timóteo, ressaltou a relevância da atuação da atenção primária nesse cenário, destacando a importância do diagnóstico oportuno e do cuidado especializado.
O estudo, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), revelou que a demência é mais prevalente entre as mulheres, com 9,1% dos diagnósticos, enquanto entre os homens a taxa é de 7,7%. Especialistas de diversas regiões do país se reuniram para debater os dados disponíveis sobre demências no Brasil, ressaltando que cerca de 45% dos casos poderiam ser prevenidos ou retardados por meio de fatores modificáveis, como baixa escolaridade, hipertensão, obesidade, entre outros.
Um dos pontos destacados no relatório foi o estigma associado à doença, que impacta diretamente na busca por diagnóstico e tratamento adequado. Nesse sentido, a conscientização pública, a implementação de políticas públicas e o apoio aos cuidadores e familiares foram citados como medidas essenciais para lidar com o problema.
Estudos recentes, como o publicado na revista médica The Lancet, indicam que 45% dos casos de demência poderiam ser prevenidos se a população eliminasse um grupo de 14 fatores de risco, como perda de visão, poluição do ar, isolamento social, entre outros. Esses fatores, quando presentes ao longo da vida, contribuem para aumentar as chances de desenvolver demência.
Diante desse cenário, é fundamental que a sociedade, os profissionais de saúde e as autoridades governamentais estejam engajados na implementação de políticas e ações que visem a prevenção e o cuidado adequado às pessoas com demência, garantindo melhor qualidade de vida e bem-estar para esse grupo vulnerável da população.