O ministro da Educação, Camilo Santana, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, defendeu a ideia com base em pesquisas que mostram os impactos negativos do uso de tecnologias no aprendizado, desempenho dos alunos e na saúde mental dos professores.
Marina Rampazzo, orientadora educacional da Secretaria de Educação do Distrito Federal, destaca a preocupação dos especialistas com os prejuízos causados pelo uso excessivo de telas, especialmente em crianças e adolescentes. Ela ressalta que esse problema se intensificou durante a pandemia, quando muitos pais precisaram recorrer às telas para ocupar seus filhos em casa.
Ainda segundo Marina, a escola desempenha um papel fundamental na reversão desse quadro, pois proporciona oportunidades de socialização, cultura, lazer e esporte que fogem do mundo digital. A interação social é essencial para o desenvolvimento dos estudantes e a redução do uso de telas.
Margareth Nogueira, orientadora educacional do colégio privado Arvense, alerta para os comportamentos antissociais e o aumento do bullying causados pelo uso excessivo de telas. Ela ressalta a importância do diálogo e da interação face a face para o desenvolvimento dos estudantes.
Além disso, Margareth destaca as preocupações com o vício em celulares e os prejuízos à saúde física e mental dos alunos, como problemas de visão, agitação, agressividade e distúrbios de sono. Os educadores concordam que é necessário um suporte adequado das escolas para garantir o acesso a materiais educacionais sem depender dos celulares dos alunos.
Portanto, a provável adoção de medidas para restringir o uso de celulares nas escolas é vista como um passo importante na promoção de um ambiente educacional mais saudável e equilibrado. A socialização, o diálogo e a diversificação de estímulos são fundamentais para o desenvolvimento integral dos estudantes, superando os desafios causados pelo uso excessivo de telas.