Essa missão foi marcada por um recorde de 347 dias no espaço para Kononenko e Chub, tornando-se a estadia mais longa a bordo da ISS. Dyson, por sua vez, decolou no final de março de 2024. Apesar desse feito, o recorde absoluto de permanência no espaço ainda pertence ao russo Valeri Poliakov, que passou 438 dias a bordo da antiga estação espacial “Mir” entre 1994 e 1995.
O comandante Oleg Kononenko, de 60 anos, acumulou um total de 1.111 dias em órbita ao longo de suas cinco viagens ao espaço, estabelecendo assim outro recorde pessoal. A missão também é emblemática devido às sanções impostas pelos países ocidentais à Rússia após a invasão da Ucrânia, o que encerrou a colaboração com a agência espacial russa Roscosmos.
Apesar dos desafios enfrentados pelo setor espacial russo, como subfinanciamento, escândalos de corrupção e fracassos em missões, a Rússia mantém suas ambições de construir uma estação orbital própria e retomar as missões à Lua. As naves Soyuz seguirem sendo um dos principais meios de transporte da tripulação para a ISS, mesmo diante dessas circunstâncias.
Dessa forma, a jornada desses cosmonautas e astronauta reflete não apenas a busca pelo conhecimento e exploração do espaço, mas também os desafios políticos e técnicos enfrentados pelas agências espaciais. O retorno seguro dessa tripulação é mais um marco na história da exploração espacial e um lembrete do poder da cooperação internacional neste campo fascinante.