Um dos principais desafios enfrentados atualmente no tratamento da tuberculose resistente é a adesão do paciente. O tratamento convencional pode levar até dois anos e é feito com medicação injetável, o que pode ser desmotivador para o paciente. Com o novo tratamento, o tempo de duração é encurtado para seis meses e o medicamento é administrado via oral, o que torna o processo menos sofrido e mais acessível.
A presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, Margareth Dalcolmo, explica que a complexidade e a longa duração dos tratamentos atuais acabam levando muitos pacientes a abandonarem o tratamento. Ela ressalta que a tuberculose é uma doença tratável e curável, desde que haja uma boa adesão ao tratamento. A nova combinação de medicamentos permitirá que o tratamento seja mais curto, menos sofrido e com eficácia igual ou superior aos tratamentos longos.
A pretomanida, nova droga incluída pelo Ministério da Saúde, será utilizada em combinação com outros fármacos já usados no Brasil. Essa nova terapia possibilita encurtar o período do tratamento da tuberculose multirresistente, o que representa uma importante avanço no enfrentamento dessa doença.
A tuberculose ainda é um grave problema de saúde pública no Brasil, afetando cerca de 80 mil pessoas por ano e causando mais de 5,5 mil mortes. Por isso, é fundamental seguir o tratamento adequadamente para evitar que os remédios percam a eficácia devido à resistência da doença aos medicamentos. A adesão ao tratamento é estratégica para o sucesso do tratamento e para prevenir a emergência de resistência aos fármacos mais sofisticados.
A oferta desse novo tratamento com a pretomanida está de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) no combate à tuberculose. Essa medida representa um avanço significativo no enfrentamento da doença no país e traz esperança para os pacientes que sofrem com a tuberculose resistente.
É importante destacar que a inclusão desse novo tratamento no SUS é resultado de um trabalho conjunto entre o Ministério da Saúde, pesquisadores e profissionais de saúde. Essa conquista é fruto do comprometimento e dedicação de todos os envolvidos na luta contra a tuberculose.
Em resumo, a inclusão do novo tratamento para a tuberculose resistente no SUS representa um avanço significativo no combate a essa doença. O tratamento mais curto e por via oral aumenta a adesão dos pacientes e melhora os resultados do tratamento. Espera-se que essa medida contribua para a redução do número de casos e mortes por tuberculose no país.
