Gastos com Previdência e BPC se estabilizam, melhorando expectativas de déficit fiscal zero em 2024, diz ministro da Fazenda.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira (23) que os gastos com a Previdência Social e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) mantiveram-se estáveis nos meses de agosto e setembro, após um crescimento no meio do ano. Segundo Haddad, essa estabilidade nas despesas melhora as expectativas de o governo atingir a meta de déficit fiscal zero em 2024.

Acompanhado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro se reuniu com representantes de agências de classificação de risco em Nova York para apresentar os números e as projeções do governo. Haddad ressaltou que as despesas de Previdência e BPC, que vinham preocupando a equipe, estão mais controladas, contribuindo para a tranquilidade em relação a esse aspecto. Além disso, as medidas tomadas pelo Senado para compensar a prorrogação da reoneração da folha ajudaram a equilibrar a receita.

O último Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, divulgado na última sexta-feira (20) e detalhado nesta segunda (23), trouxe a notícia de que R$ 1,7 bilhão em verbas foram descongelados, com melhorias que vieram principalmente de fontes de receitas extraordinárias. Haddad destacou que o governo está mantendo os gastos estáveis em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o que demonstra responsabilidade fiscal.

Durante o encontro, Haddad também defendeu que as agências de classificação de risco elevem o Brasil a grau de investimento, uma vez que o país apresenta um superávit comercial significativo, forte presença de investimentos privados estrangeiros e reservas internacionais robustas. O ministro acredita que a atual classificação do Brasil não condiz com a realidade econômica do país.

Sobre a inflação, Haddad garantiu que a taxa continuará a baixar nos próximos anos e que os juros seguirão essa tendência. Ele destacou que a inflação em 2022 foi impactada pela redução de impostos sobre combustíveis, e que a inflação não oficial estava a 8,25%. Com a expectativa de inflações menores nos próximos anos, o ministro acredita que a economia do país continuará em crescimento.

Nesta terça-feira (24), Lula fará o discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, representando o Brasil. Os encontros com as agências de classificação de risco mostram a importância do país no cenário econômico global e as medidas adotadas pelo governo para manter a estabilidade fiscal e atrair investimentos.

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