Papa Francisco inicia visita a Luxemburgo e Bélgica com foco em escândalo de pedofilia na Igreja

O Papa Francisco, após retornar da viagem mais longa de seu pontificado no sudeste asiático e Oceania, agora se prepara para uma visita de quatro dias a Luxemburgo e Bélgica. A viagem, que se inicia na quinta-feira (26), tem como um dos focos o escândalo de pedofilia dentro da Igreja.

Depois de permanecer por 12 dias em quatro países da Ásia e Oceania, o Papa cancelou suas audiências na segunda-feira devido a um “leve episódio gripal”. No entanto, seu deslocamento pela Europa está mantido, de acordo com informações do Vaticano.

Essa será a 46ª viagem ao exterior do pontífice, em comemoração ao 600º aniversário da Universidade Católica de Lovaina. Durante sua estadia, Francisco irá se reunir de forma privada com 15 vítimas de abusos sexuais cometidos por membros do clero na Bélgica.

Esse encontro, organizado pela conferência episcopal do país, busca trazer à tona os escândalos e encobrimentos que marcaram décadas de abusos sexuais dentro da igreja. O Papa já prometeu “tolerância zero” para esses casos e pode abordar também o tema das “adoções forçadas”, que separaram crianças de suas mães com a cumplicidade de religiosas para adoção.

A visita de Francisco começará em Luxemburgo, onde passará oito horas antes de seguir para Bruxelas. Na capital belga, ele se encontrará com autoridades, clero e comunidade católica, além de participar de uma grande missa ao ar livre, onde são esperadas 35.000 pessoas.

A última visita papal à Bélgica aconteceu em 1995, e a chegada de Francisco ao país levanta discussões sobre a diminuição do número de católicos declarados na região. Cerca de 65% da população belga se identifica como cristã, sendo 58% católicos, segundo dados da UC Louvain.

Assim, a visita do Papa Francisco à Luxemburgo e Bélgica promete trazer à tona questões delicadas e importantes para o clero e para a sociedade belga.

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