Além disso, 15 povos originários foram afetados, incluindo um que vive em isolamento. O relatório, intitulado Amazônia à Beira do Colapso – Boletim Trimestral da Seca Extrema nas Terras Indígenas da Amazônia Brasileira, será apresentado com mais detalhes na Semana do Clima em Nova York, um evento que reúne especialistas de todo o mundo e acontecerá entre os dias 22 e 29 de setembro.
A seca também prejudicou o funcionamento de 110 escolas e 40 unidades de saúde localizadas nos territórios afetados. Os estados da Amazônia Legal, como Amazonas, Acre, Pará e Maranhão, são os mais afetados pela falta de chuvas, conforme relatou a Coiab.
O Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) mostra que a situação de aridez na região vem se aprofundando desde maio deste ano. Estados como Maranhão, Pará e Tocantins estão enfrentando uma seca grave, com impactos de longo prazo.
No Acre, o rio Iaco atingiu o nível mais baixo de toda a sua história, com apenas 30 centímetros. Outros rios e afluentes da região também estão em alerta máximo, mostrando a gravidade da situação.
A qualidade do ar em Rio Branco e Porto Acre foi classificada como péssima pela ANA, mostrando que a falta de chuvas também tem impactos na saúde da população. O Ministério da Educação e da Saúde foram procurados pela Agência Brasil para mais informações sobre as unidades afetadas, mas até o momento não houve retorno.