O presidente argentino, que se descreveu como um “economista liberal libertário”, criticou veementemente o “Pacto para o Futuro”, adotado no domingo por 193 países. Ele classificou a organização como um modelo de governo supranacional controlado por burocratas internacionais e criticou o Conselho de Segurança por defender interesses particulares. Milei afirmou que a Argentina deixará sua posição de neutralidade histórica para lutar em defesa da liberdade.
Além disso, Milei se opôs fortemente à Agenda 2030 e ao Pacto para o Futuro, afirmando que ambos promovem uma agenda coletivista e atentam contra a soberania dos Estados-nação. Ele criticou a hipocrisia da ONU em relação aos direitos humanos, citando a presença de ditaduras como Cuba e Venezuela no Conselho de Direitos Humanos.
O Pacto para o Futuro, aprovado pelos 193 países-membros da ONU, visa abordar os desafios globais mais urgentes da atualidade, como paz e direito internacional, reforma do Conselho de Segurança, mudanças climáticas e inteligência artificial. Países como Rússia, Venezuela, Nicarágua, Coreia do Norte e Belarus também se opuseram ao pacto.
Milei declarou que o Pacto para o Futuro representa um aprofundamento do rumo trágico da ONU e criticou a organização por sua suposta ineficácia no combate ao terrorismo. Ele propôs uma nova abordagem, chamada de “Agenda da liberdade”, e convidou as nações do mundo livre a acompanhá-lo nesse dissenso. A postura de Milei na ONU sinaliza uma mudança significativa na posição da Argentina em relação à organização internacional.