Líderes mundiais se unem na ONU para combater extremismos e desinformação nas redes sociais em fórum convocado por Brasil e Espanha.

Líderes mundiais se reuniram na ONU nesta terça-feira para discutir medidas contra extremismos e desinformação nas redes sociais, que representam uma ameaça às democracias. O encontro, convocado por Brasil e Espanha, contou com a participação de cerca de vinte países, incluindo representantes como Emmanuel Macron, Gabriel Boric, Justin Trudeau e chanceleres de diversos países.

O primeiro-ministro de Timor Leste, Xanana Gusmão, destacou a importância de combater a desinformação em questões como imigração, diversidade e mudança climática, que têm sido alvos de extremistas. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu a regulação das redes sociais para combater discursos de ódio.

O presidente francês, Macron, ressaltou a necessidade de desenvolver novos anticorpos para combater os extremistas e garantiu que é preciso estabelecer uma ordem pública digital democrática para combater manipulações e falsas informações na internet. Já o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, alertou que a onda reacionária busca romper as sociedades e os consensos, ressaltando a importância de unir esforços para enfrentar os desafios em comum.

A Unesco publicou um plano de ação para lidar com a desinformação, destacando a preocupação dos cidadãos com o impacto das informações falsas online, em um cenário onde as redes sociais se tornaram a principal fonte de informação. O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou para os riscos do desenvolvimento da inteligência artificial, que poderia agravar ainda mais o problema.

O diagnóstico da situação foi feito durante o fórum, agora é necessário agir para reverter esse quadro. Os líderes concordaram em promover encontros futuros para discutir estratégias de combate à desinformação e extremismo. O próximo encontro poderá ser realizado em Santiago, conforme proposto pelo presidente chileno. O desafio agora é implementar ações efetivas para promover a defesa da democracia e combater os extremismos.

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