Putin ameaça usar armas nucleares em resposta a ataques com mísseis convencionais, alertando sobre consequências de agressões apoiadas por potências nucleares.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez um alerta contundente ao Ocidente nesta quarta-feira, ao afirmar que seu país poderia lançar mão de armas nucleares em caso de um ataque com mísseis convencionais. Putin ainda ressaltou que Moscou consideraria qualquer agressão apoiada por uma potência nuclear como um ataque conjunto.

Essa decisão do mandatário russo de modificar a doutrina nuclear oficial da Rússia foi anunciada em meio a uma crescente tensão com os Estados Unidos e o Reino Unido, que estão avaliando a possibilidade de permitir que a Ucrânia utilize armas ocidentais para atacar a Rússia. Esse pedido tem sido reforçado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, nos últimos meses.

Durante uma reunião do Conselho de Segurança da Rússia, Putin justificou as mudanças na doutrina nuclear como uma resposta às novas ameaças e riscos que o país enfrenta no cenário global contemporâneo. O presidente destacou que Moscou se reserva o direito de usar armas nucleares também em defesa de seu aliado, a Bielorrússia, em caso de agressão.

As declarações assertivas de Putin seguem um aviso prévio feito aos EUA e outros aliados da Otan de que permitir que a Ucrânia utilize armas ocidentais de longo alcance para ataques ao território russo significaria que a Rússia e a aliança militar entrariam em um estado de guerra.

Os rumos desse conflito preocupam a comunidade internacional, especialmente por envolver potências nucleares como Rússia e Estados Unidos, que possuem um grande arsenal de armas nucleares. Ações recentes, como a suspensão unilateral do Tratado sobre Redução de Armas Estratégicas, debilitam ainda mais a segurança global.

Portanto, a comunidade internacional segue atenta e preocupada com os desdobramentos desse conflito, que pode ter consequências catastróficas para o mundo como um todo. É necessário um esforço conjunto de diálogo e negociação para evitar uma escalada ainda maior dessa crise geopolítica.

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