O aumento da pobreza coincide com os primeiros meses da gestão do presidente ultraliberal Javier Milei, que implementou uma política de ajustes severos no país. Em termos de indigência, o índice também subiu, chegando a 18,1%, o que representa um acréscimo de 6,2 pontos.
O cálculo da pobreza pelo Indec leva em consideração a comparação entre a renda dos lares e o custo de uma cesta básica completa, que inclui alimentos, roupas e transporte. No primeiro semestre, o valor da cesta foi estimado em cerca de 240 dólares.
O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, lamentou os dados alarmantes e atribuiu a situação à gestão anterior, classificando-a como “populismo que submeteu a Argentina a tantos anos de desgraças e devastação”. Além disso, o PIB argentino registrou uma queda de 1,7% no segundo trimestre, aprofundando a recessão econômica no país.
Essa conjuntura preocupante é ainda agravada pela alta inflação, que chegou a 236,7% nos últimos 12 meses até agosto. Com um cenário econômico desafiador, a Argentina enfrenta um panorama de dificuldades sociais e econômicas que requerem medidas urgentes por parte das autoridades para reverter essa escalada de pobreza e indigência.