Violência de Gênero: Parlamentares apresentam projeto de lei a cada 30 horas em 2023, revela Instituto AzMina

A violência de gênero é um tema que tem dominado os debates envolvendo as mulheres nos últimos tempos. O número de projetos de lei apresentados sobre o assunto é alarmante, com uma média de um projeto a cada 30 horas em 2023. Dados do Instituto AzMina revelam que, dos 502 projetos relacionados aos direitos das mulheres, meninas e LGBTQIAP+ apresentados no ano passado, 56% tratavam especificamente da violência de gênero.

A violência doméstica e familiar é a modalidade mais discutida, presente em 117 propostas, seguida pela violência e dignidade sexual em 69 projetos e o feminicídio em 13. Recentemente, um projeto que prevê o aumento das penas para o feminicídio, passando de 12 a 30 anos para 20 a 40 anos de prisão, foi aprovado pela Câmara dos Deputados e está aguardando sanção presidencial após ter sido aprovado pelo Senado.

No entanto, apesar das medidas legislativas sugeridas e aprovadas, a eficácia na luta contra a violência de gênero ainda é questionável. Especialistas destacam a importância não apenas da punição, mas também da prevenção, considerando que a punição muitas vezes chega tarde, após a ocorrência do crime.

Nesse sentido, a deputada Gisela Simona acredita que aumentar as penas para o feminicídio pode diminuir a sensação de impunidade, além de proibir a liberdade condicional e restringir a progressão da pena. Outros parlamentares também enfatizam a importância da educação dos homens para combater a violência, uma vez que a maioria dos feminicídios é cometida por parceiros ou ex-parceiros das vítimas.

É fundamental não apenas criar leis mais rígidas, mas também implementar políticas de prevenção e educação, tanto nas escolas quanto na sociedade em geral. A transformação cultural e a conscientização são essenciais para combater a violência de gênero e garantir a segurança e integridade das mulheres. A luta contra a violência de gênero exige um esforço conjunto de toda a sociedade, legislativo, executivo e sociedade civil para criar um ambiente onde todas as pessoas possam viver livres de violência e discriminação.

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