Esses animais geralmente habitam as margens de rios, lagos e manguezais, onde constroem tocas utilizando raízes de árvores, troncos e galhos de diferentes tamanhos. Algumas dessas tocas têm entrada subaquática, o que facilita a captura de peixes, crustáceos e moluscos, que fazem parte de sua dieta alimentar.
Com corpos alongados, cauda robusta, pelos macios e densos, as lontras são excelentes nadadoras. No entanto, para manter seu desempenho aquático e se manterem aquecidas em temperaturas mais baixas, precisam cuidar de seus pelos. Elas os “penteiam” regularmente para mantê-los limpos e vedados à água.
As lontras são territorialistas e solitárias, embora pequenos grupos com fêmeas e filhotes possam ser encontrados. Os machos apenas se unem ao grupo durante os períodos reprodutivos. Elas têm hábitos diurnos e crepusculares, sendo mais ativas no amanhecer e no entardecer. No entanto, em áreas com maior interferência humana, podem se tornar animais noturnos.
A bióloga Marina Falcão destaca que as lontras são animais encantadores e sensíveis a perturbações. Por isso, são encontradas em ambientes mais equilibrados e com águas limpas. Segundo ela, é possível avistá-las ocasionalmente nos açudes do Parque Dois Irmãos. No entanto, elas estão ameaçadas de extinção.
As mudanças causadas pela atividade humana, como a poluição ambiental, estão impactando negativamente a espécie. Por isso, foram incluídas no Plano de Ação Nacional para Conservação de Mamíferos Aquáticos Amazônicos Ameaçados de Extinção (PAN Mamíferos Aquáticos) do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas. Essas ações visam reduzir a pesca predatória, preservar os habitats críticos desses mamíferos e promover a educação ambiental e o engajamento da sociedade para conscientizar sobre a importância de ambientes limpos e com menor interferência humana para a preservação da espécie.
Em resumo, a lontra é um mamífero silvestre encontrado em várias regiões do mundo, incluindo o Brasil. Sua presença pode ser observada em locais preservados, como o Parque Dois Irmãos, em Pernambuco. No entanto, essa espécie está ameaçada de extinção devido às interferências humanas, como a poluição. Por isso, é fundamental implementar ações de conservação e conscientização para garantir a sobrevivência desses animais.
