Gonçalves Dias acusa PM do DF de negligência no dia 8 de janeiro, confira o vídeo.

No depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos de 8 de janeiro, o general Marco Edson Gonçalves Dias, conhecido como G. Dias, afirmou que a Polícia Militar do Distrito Federal descumpriu as determinações do planejamento da segurança da Praça dos Três Poderes contra as manifestações. Ele reiterou que exerceu ação de comando na segurança do Palácio do Planalto durante o levante antidemocrático e considerou o ataque inédito.

Durante seu depoimento, G. Dias afirmou que teria sido mais duro na repressão, mas fez todos os esforços para preservar a vida dos cidadãos sem derramamento de sangue. Ele informou aos parlamentares que o planejamento de segurança previa o impedimento do acesso de manifestantes e veículos à Praça dos Três Poderes. Até o dia dos ataques, não havia indícios de manifestações violentas.

G. Dias explicou que ao longo do dia 8 de janeiro recebeu informações divergentes sobre a ação dos manifestantes e decidiu ir pessoalmente ao Palácio do Planalto para garantir a segurança do local. Ele foi acusado de conivência com os manifestantes após a divulgação de imagens de câmeras internas do palácio. No entanto, o general esclareceu que a intenção era evacuar o prédio o mais rápido possível, evitando mortos e feridos.

Quanto às imagens das câmeras internas, G. Dias afirmou que encontrou três pessoas e indicou a elas o acesso à escada que levaria ao segundo andar, onde as prisões dos manifestantes estavam sendo feitas. Ele classificou a divulgação do material como “imprecisa e desconexa”.

O ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) também negou ter mandado adulterar documentos ou retirar seu nome do relatório enviado ao Senado com informações sobre o evento do dia 8 de janeiro. Segundo ele, a determinação foi pela padronização de informações, uma vez que as mensagens de alerta sobre os ataques foram trocadas em grupos institucionais e não pelo seu telefone particular.

O depoimento de G. Dias continua no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado Federal. A CPMI busca esclarecer todas as circunstâncias envolvendo os atos de 8 de janeiro e avaliar as responsabilidades dos envolvidos.

Essas são as informações fornecidas até o momento, e mais detalhes serão divulgados conforme o andamento da investigação.

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