Durante seu depoimento, G. Dias afirmou que teria sido mais duro na repressão, mas fez todos os esforços para preservar a vida dos cidadãos sem derramamento de sangue. Ele informou aos parlamentares que o planejamento de segurança previa o impedimento do acesso de manifestantes e veículos à Praça dos Três Poderes. Até o dia dos ataques, não havia indícios de manifestações violentas.
G. Dias explicou que ao longo do dia 8 de janeiro recebeu informações divergentes sobre a ação dos manifestantes e decidiu ir pessoalmente ao Palácio do Planalto para garantir a segurança do local. Ele foi acusado de conivência com os manifestantes após a divulgação de imagens de câmeras internas do palácio. No entanto, o general esclareceu que a intenção era evacuar o prédio o mais rápido possível, evitando mortos e feridos.
Quanto às imagens das câmeras internas, G. Dias afirmou que encontrou três pessoas e indicou a elas o acesso à escada que levaria ao segundo andar, onde as prisões dos manifestantes estavam sendo feitas. Ele classificou a divulgação do material como “imprecisa e desconexa”.
O ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) também negou ter mandado adulterar documentos ou retirar seu nome do relatório enviado ao Senado com informações sobre o evento do dia 8 de janeiro. Segundo ele, a determinação foi pela padronização de informações, uma vez que as mensagens de alerta sobre os ataques foram trocadas em grupos institucionais e não pelo seu telefone particular.
O depoimento de G. Dias continua no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado Federal. A CPMI busca esclarecer todas as circunstâncias envolvendo os atos de 8 de janeiro e avaliar as responsabilidades dos envolvidos.
Essas são as informações fornecidas até o momento, e mais detalhes serão divulgados conforme o andamento da investigação.