Em análise: Discussão sobre os efeitos da implantação de parques eólicos em comunidades é pauta principal.

Na terça-feira, dia 5 de setembro, a Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados realizará um debate sobre os impactos socioambientais da construção de parques de energia eólica nas comunidades. A deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) solicitou o debate, destacando a importância de avaliar os impactos reais desses empreendimentos, tanto no ambiente marinho quanto nas comunidades costeiras que dependem do mar como modo de vida.

De acordo com dados do Ministério de Minas e Energia, a energia eólica é a terceira maior fonte de energia do Brasil, correspondendo a 11% da matriz energética do país. As usinas térmicas representam 12% e as hidrelétricas lideram com 57%. Atualmente, o Brasil conta com 1.036 parques eólicos, sendo que a região Nordeste concentra 930 deles. Talíria Petrone ressalta que ainda existe uma ampla possibilidade de exploração da energia eólica na costa brasileira.

No entanto, a deputada enfatiza a importância de realizar uma avaliação criteriosa dos impactos ambientais e sociais desses empreendimentos, além de estabelecer instrumentos de regulação e fiscalização para garantir uma transição energética justa. A construção de parques de energia eólica não pode ser prejudicial às comunidades costeiras que dependem do mar como sustento e modo de vida.

Além disso, o debate contará com a presença de diversos convidados, como o procurador federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal, Carlos Vilhenas, a coordenadora do Movimento de Pescadoras e Pescadores do Brasil do Rio Grande do Sul, Viviane Machado Alves, e o representante da Associação de Homens e Mulheres do mar da Baía de Guanabara, Alexandre Ahomar.

O debate está marcado para as 14 horas, no plenário 9 da Câmara dos Deputados. Será uma oportunidade para discutir os impactos socioambientais dos parques de energia eólica e buscar soluções que garantam uma transição energética justa e sustentável para o Brasil.

(Fonte não mencionada)

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