O projeto já havia sido aprovado pelas comissões de Cultura e de Viação e Transportes e tramitava em caráter conclusivo. Agora, deverá seguir para sanção presidencial, a menos que haja recurso para análise do Plenário da Câmara.
A Rodovia Bernardo Sayão recebe esse nome em homenagem a Bernardo Sayão Carvalho Araújo, nascido em 18 de junho de 1901 no Rio de Janeiro. Sayão mudou-se para ajudar na construção de Brasília e foi um dos diretores da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap). Ele foi designado para construir a ligação entre Brasília e o Norte do país.
No entanto, Sayão faleceu em 15 de janeiro de 1959, antes da inauguração de Brasília e da rodovia, após ser atingido por uma árvore durante uma inspeção de rotina próximo à divisa entre Maranhão e Pará, próximo ao município paraense de Dom Eliseu. O ex-senador Donizeti Nogueira (TO), autor da proposta, ressaltou que Sayão foi o primeiro a ser sepultado no cemitério Campo da Esperança, em Brasília, e o dia do enterro foi marcado pelo silêncio nos canteiros de obras.
Em 1960, por decreto, o então presidente Juscelino Kubitschek nomeou uma estrada que ligava Belém a Brasília com o nome de Sayão, porém, em 1991, essa norma foi revogada por ato do Poder Executivo. Agora, o projeto aprovado pela CCJ tem como objetivo unir trechos de diferentes rodovias para devolver a unidade do traçado original e homenagear Bernardo Sayão.
É importante ressaltar que a tramitação de projetos de lei envolve diferentes etapas e comissões dentro do Congresso Nacional. O projeto precisa passar por todas essas instâncias antes de ser sancionado pelo presidente e se tornar lei.
Essa aprovação foi vista como uma grande conquista para aqueles que valorizam a história e desejam preservar a memória de personalidades importantes para o país. A Rodovia Bernardo Sayão será uma maneira de homenagear o trabalho e o legado de um homem que contribuiu significativamente para a construção de Brasília e para o desenvolvimento do país.
