Além da queda no desmatamento amazônico, Marina Silva ressaltou a estabilização do desmatamento no Cerrado, que estava em tendência de alta, e a redução de mais de 50% na Mata Atlântica. Segundo a ministra, esses resultados são resultado de um esforço conjunto, que incluiu o aumento de quase 200% na capacidade de fiscalização dos órgãos ambientais.
No entanto, a ministra enfatizou que o objetivo do governo vai além do combate às queimadas e desmatamentos. Para Marina Silva, é fundamental criar um novo modelo de desenvolvimento sustentável, que leve em consideração a bioeconomia e respeite as populações locais.
Nesse sentido, o ministro da Economia, Fernando Haddad, está coordenando a transição ecológica do país. Segundo a ministra, o governo acaba de implantar o plano de prevenção e controle do desmatamento na Amazônia e pretende fazer o mesmo para os demais biomas brasileiros, como o Cerrado e a Caatinga.
Marina Silva também ressaltou outras ações governamentais voltadas para uma economia sustentável, como a retomada da demarcação de terras indígenas e a criação de unidades de conservação. Segundo a ministra, essas políticas ambientais estão alinhadas com os objetivos do presidente Lula de fortalecer a democracia e combater as desigualdades, mas sempre com sustentabilidade e respeito às populações tradicionais.
O evento contou também com a participação de Kaianaku Kamayura, representante das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, que destacou a importância de incluir os povos tradicionais nas discussões sobre preservação ambiental e mudança climática. Kaianaku reivindica não apenas a participação dos povos indígenas, mas também de quilombolas, ribeirinhos e populações periféricas da Amazônia no debate sobre o encontro do clima (COP-30) que acontecerá em Belém, em novembro de 2025.
O deputado Airton Faleiro (PT-PA), autor do pedido para a realização da sessão solene, ressaltou a importância de expandir o debate ambiental para além do mundo rural, incluindo as metrópoles da Amazônia. Segundo o parlamentar, essas regiões enfrentam problemas graves, mas também representam esperança.
O Dia da Amazônia foi criado em 2007 e é celebrado em 5 de setembro, data de criação da Província Amazônica pelo Imperador Dom Pedro 2º, em 1850. A sessão solene recebeu a reportagem de Maria Neves e foi editada por Geórgia Moraes.