Os pesquisadores observaram que as pulseiras feitas de borracha e plástico apresentaram maior quantidade de bactérias, enquanto as pulseiras de metal, especialmente ouro e prata, estavam praticamente livres de contaminação. O professor Nwadiuto Esiobu, biólogo da Universidade Atlântica, explicou que as superfícies porosas e estáticas das pulseiras de plástico e borracha são mais propensas a atrair e manter bactérias.
O estudo também analisou o perfil dos usuários das pulseiras e descobriu que não houve diferença perceptível entre homens e mulheres. No entanto, as pulseiras dos frequentadores de academia apresentaram os níveis mais elevados de bactérias estafilocócicas.
Uma conclusão importante do estudo é que muitos usuários de relógios não os lavam regularmente, apesar de usá-los o dia todo. Isso pode contribuir para a disseminação de bactérias e o aumento dos riscos à saúde, especialmente para pessoas imunocomprometidas.
Os pesquisadores também testaram diferentes substâncias de limpeza para determinar qual era a mais eficaz. Um spray desinfetante e álcool 70% mostraram-se capazes de matar 99,9% das bactérias em 30 segundos em todos os materiais testados. O vinagre de maçã também funcionou, mas de forma menos eficiente e com mais tempo de ação.
Além das pulseiras de smartwatch, outros objetos do nosso cotidiano também podem estar contaminados por bactérias. Um estudo recente da Universidade de Londres mostrou que 92% dos celulares no Reino Unido estão contaminados por microrganismos, sendo que um em cada seis aparelhos está relacionado a uma higiene pessoal ruim.
Diante disso, os especialistas recomendam que as mãos sejam mantidas sempre higienizadas e que os aparelhos sejam limpos com frequência. A higienização pode ser feita com pano seco e, em seguida, com um pano molhado em álcool isopropílico. É importante evitar o uso de álcool, acetona, alvejantes ou produtos à base de sabão, pois podem danificar os aparelhos. A limpeza de tablets e celulares deve ser realizada diariamente, devido ao acúmulo de sujeira e gordura.
O estudo sobre as pulseiras de smartwatch ressalta a importância da limpeza regular dos objetos que utilizamos diariamente. Além disso, os pesquisadores pretendem expandir a pesquisa para analisar a contaminação bacteriana em outros objetos, como fones de ouvido e telefones celulares.