O Plano Plurianual prevê déficit em 2027 devido a precatórios, conforme anúncio do governo.

No projeto do Plano Plurianual 2024-2027, o governo projeta a eliminação do déficit das contas públicas no ano que vem. Entretanto, estima-se um novo déficit em 2027 devido ao fim do limite para pagamento de precatórios estabelecido pela Emenda Constitucional 114. Os precatórios são débitos do governo decididos pela Justiça.

De acordo com o PPA, o superávit das contas seria de 0,5% do PIB em 2025, de 1% em 2026 e, em 2027, voltaria a apresentar um déficit de 0,23%. Essa situação resultaria em uma queda da dívida pública em 2026, mas atingiria 77,7% do PIB em 2027.

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No projeto do Orçamento de 2024, o governo estabeleceu em R$ 44,8 bilhões o limite para pagamento de precatórios e Requisições de Pequeno Valor (RPVs). Entretanto, é importante ressaltar que a despesa com RPVs é prioritária e soma R$ 29,4 bilhões, o que deixaria apenas R$ 15,4 bilhões disponíveis para o pagamento de precatórios. Considerando que os precatórios sujeitos ao limite e apresentados até abril de 2023 totalizaram R$ 47 bilhões, o governo terá que deixar R$ 31,6 bilhões para pagamento posterior.

As consultorias de Orçamento da Câmara e do Senado elaboraram um informativo sobre o PPA no qual destacam três inovações feitas pelo governo. A primeira é a inclusão de indicadores-chave e metas no plano. A segunda é a identificação de seis temas prioritários, como educação e saúde. E a terceira é a identificação de cinco temas transversais, como mulheres e indígenas. Segundo os consultores, essas inovações incorporam ao modelo brasileiro três princípios internacionalmente recomendados como boa governança de planejamento.

Além disso, o projeto do PPA permite ao governo realizar alterações no plano para adequá-lo às leis orçamentárias. Também prevê a publicação de informações na internet para o acompanhamento da execução do plano. E, finalmente, estabelece que até 30 de setembro de cada ano um relatório de monitoramento do PPA e um relatório de avaliação de políticas públicas devem ser apresentados à Comissão Mista de Orçamento (CMO).

Com isso, o governo busca adotar medidas para controlar o déficit das contas públicas e promover uma gestão mais eficiente dos recursos. No entanto, é importante acompanhar a evolução dessas medidas e seus impactos na economia nos próximos anos.

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