Depoimentos na CPI das Pirâmides Financeiras continuam nesta quinta-feira, com investigações em curso. Acompanhe as últimas notícias.

Na manhã desta quinta-feira (14), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras da Câmara dos Deputados deu continuidade às suas investigações, ouvindo empresas relacionadas à Binance, considerada a maior corretora de criptoativos do mundo. O deputado Alfredo Gaspar (União-AL), responsável pelo pedido de audiência, destacou que a Binance não possui sede própria, sendo oficialmente representada pela empresa B Fintech Serviços de Tecnologia Ltda.

De acordo com o deputado, a Binance enfrenta problemas judiciais em diversos países, como Estados Unidos, Brasil, Japão, China, Alemanha e Reino Unido. A suspeita é de que a empresa não esteja cumprindo as regulações impostas por cada país onde atua. Em março, a Justiça de São Paulo bloqueou R$ 500 mil da Binance por suspeita de envolvimento em uma pirâmide financeira. Além disso, uma reportagem publicada na Infomoney apontou que a Brainscompany, uma empresa de locação de criptomoedas, atrasou os pagamentos aos clientes e culpou a Binance pelos atrasos.

O deputado Gaspar argumenta que a Binance tem uma participação central na motivação desta CPI e é fundamental compreender suas atividades no país, sua relação com a B Fintech e sua ligação com outras empresas que estão enfrentando questões judiciais por lesarem consumidores brasileiros.

Além da Binance, a CPI também convocou cinco sócios da Indeal Consultoria em Investimentos, acusada de operar como uma pirâmide financeira com criptomoedas e desviar dinheiro de clientes. A empresa já decretou falência.

Vale destacar que a CPI já ouviu depoimentos de sócios da empresa MSK Operações e Investimentos, acusada de lesar cerca de 4.000 clientes que investiram em criptomoedas, assim como depoimentos de especialistas que afirmaram que a tecnologia das criptomoedas tem se tornado um chamariz para a prática de crimes como as pirâmides financeiras.

Outros depoimentos importantes incluem o do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, que negou ser fundador ou sócio da empresa 18K Ronaldinho, acusada de não cumprir com a custódia das moedas virtuais dos clientes. A CPI também ouviu representantes da Trust Investing, empresa de criptomoedas que oferecia lucros acima da média e do Banco Central, que afirmou que a regulação do mercado de criptomoedas no país será concluída até o primeiro semestre de 2024.

A CPI das Pirâmides Financeiras tem sido um importante instrumento para investigar e combater os crimes financeiros envolvendo criptomoedas. Através dos depoimentos de diferentes empresas e especialistas, a comissão busca entender as práticas ilegais e propor medidas de prevenção e regulação para o mercado. A audiência desta quinta-feira trouxe novas informações sobre a atuação da Binance e sua relação com outras empresas envolvidas em pirâmides financeiras. Ainda há muito a ser investigado, mas a CPI segue seu trabalho incansável em busca da verdade e da proteção dos consumidores brasileiros.

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