No mês de julho, o índice atingiu 150,94 pontos, representando um crescimento de 0,66% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, sem ajuste sazonal. No acumulado dos últimos 12 meses, o indicador também apresentou resultado positivo, com uma elevação de 3,12%.
Essa é a segunda alta consecutiva registrada pelo IBC-Br, após uma retração em maio. O índice é utilizado como uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica do país e auxilia o BC na tomada de decisões em relação à taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 13,25% ao ano. O IBC-Br incorpora informações importantes sobre o nível de atividade de setores da economia, como indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos.
A Selic é o principal instrumento utilizado pelo BC para alcançar a meta de inflação. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) eleva a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que pode impactar nos preços, pois juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Dessa forma, taxas mais elevadas contribuem para a redução da inflação, mas também podem dificultar a expansão da economia.
No entanto, diante da forte queda da inflação, o Copom iniciou um ciclo de redução da Selic no último mês, visando estimular a atividade produtiva. A última vez em que houve uma diminuição na taxa básica ocorreu em agosto de 2020, em meio à contração econômica provocada pela pandemia de covid-19. Depois disso, o Copom aumentou a Selic por 12 vezes consecutivas, interrompendo esse ciclo apenas no último mês.
Nesta semana, o Copom está reunido para definir a Selic. A expectativa do mercado é de que a taxa básica seja reduzida para 12,75% ao ano. Vale ressaltar que o IBC-Br emprega uma metodologia diferenciada em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial da economia brasileira. O BC afirma que o índice contribui para as estratégias da política monetária do país, mas não é exatamente uma prévia do PIB.
No segundo trimestre deste ano, a economia brasileira registrou um crescimento de 0,9% em comparação com os primeiros três meses do ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve um avanço de 3,4%. O PIB acumula uma alta de 3,2% nos últimos 12 meses e no primeiro semestre de 2023 apresentou um crescimento acumulado de 3,7%.
No ano de 2022, o PIB do Brasil registrou um crescimento de 2,9%, totalizando R$ 9,9 trilhões.