Segundo a denúncia, a tentativa de sequestro começou a ser estudada depois que Moro determinou a transferência de membros da facção para presídios federais de segurança máxima, sem direito a visitas. A partir dessa ordem, 13 criminosos começaram a elaborar um plano para sequestrar o ex-juiz.
De acordo com a denúncia, os criminosos visavam não só vingança, mas também obter vantagens materiais com o sequestro, como a revogação das medidas adotadas por Moro e a difusão de pânico na população e nas autoridades públicas. As tentativas de sequestro teriam sido orquestradas em diversas cidades, como Curitiba, São José dos Pinhais, São Paulo e Sumaré.
Os investigadores afirmam que os criminosos alugaram carros e compraram armas para a execução do sequestro, referindo-se a Moro como “Tokyo”. Além disso, foram encontradas imagens do ex-ministro e de seus familiares nos aparelhos celulares e computadores dos criminosos. Essa investigação sobre a vida de Moro ocorreu durante as eleições passadas. Também foram identificadas informações sobre o local de votação do ex-juiz, com detalhes do esquema de segurança e possíveis rotas de fuga.
O MPF argumenta na denúncia que o monitoramento permitiu que os integrantes da facção pudessem identificar o local de votação de Moro e o trajeto que ele fazia para casa. É nesse trecho que o sequestro aconteceria, se o plano tivesse sido colocado em prática.
A denúncia foi aceita pela juíza Sandra Regina Soares, da 9ª Vara Federal de Curitiba. Agora, os oito investigados se tornam réus e responderão pelos crimes de tentativa de sequestro e formação de organização criminosa.
É importante ressaltar que as informações foram divulgadas pela imprensa, mas não foram citadas as fontes oficiais responsáveis pelo caso.