STF concede autorização para depoente faltar à CPMI de 8 de Janeiro; confira o vídeo.

Nesta terça-feira (19), o presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA), demonstrou indignação com a concessão de habeas corpus para Osmar Crivelatti, ex-coordenador administrativo da equipe de ajudantes de ordens do presidente Jair Bolsonaro. Tal decisão permitiu que Crivelatti não comparecesse à CPMI. Vale ressaltar que essa é a segunda vez que o Supremo Tribunal Federal (STF) dá habeas corpus para o depoente não comparecer à comissão.

Em sua fala, o presidente da CPMI considerou as duas concessões de habeas corpus uma tentativa de obstruir os trabalhos do colegiado. Além disso, Arthur Maia destacou a necessidade de haver uma definição clara sobre a existência da CPI. Para ele, a decisão judicial desrespeitou a comissão.

Diante disso, o presidente da CPMI anunciou que irá conversar com os presidentes do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), para discutir a possibilidade de entrar com uma ação no STF questionando a autorização de um ministro para convocação dos depoentes pela CPMI.

Arthur Maia também defendeu que as decisões individuais que impediram os depoimentos na CPMI sejam levadas ao pleno do STF. Essa é uma medida importante para garantir a efetividade dos trabalhos da comissão.

É importante ressaltar que a CPMI do 8 de Janeiro busca investigar os atos ocorridos no contexto das eleições presidenciais de 2018 e possíveis irregularidades relacionadas ao financiamento de campanha. Os depoimentos dos envolvidos são fundamentais para o esclarecimento dos fatos e para a transparência do processo investigativo.

A concessão recorrente de habeas corpus aos depoentes tem causado descontentamento por parte dos parlamentares, que veem nessa medida um obstáculo às investigações em curso. Diante desse impasse, é necessário encontrar soluções que garantam a presença e o depoimento dos convocados, respeitando-se, é claro, o devido processo legal e a necessidade de justificativas consistentes para a não participação nas oitivas da CPMI.

Ainda aguardamos mais informações sobre as medidas que serão adotadas pelo presidente da CPMI, Arthur Oliveira Maia, assim como o desdobramento dessa questão no âmbito do STF. Estamos acompanhando de perto essa importante investigação, que visa esclarecer fatos relevantes para a sociedade brasileira.

Reportagem – Cláudio Ferreira
Edição – Natalia Doederlein

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