Augusto Heleno ocupava o posto de chefe do GSI antes do fatídico evento ocorrido em 8 de janeiro. Nessa posição, ele era responsável por coordenar a segurança da Presidência da República e as atividades de inteligência, sendo a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) subordinada ao GSI. É importante destacar que a Abin emitiu informes aos membros do Sistema Brasileiro de Inteligência, alertando sobre a possibilidade das manifestações no dia 8 resultarem em ações ofensivas contra as instituições da República.
O depoimento do general Augusto Heleno ocorrerá na terça-feira (26), a partir das 9 horas, no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado. A pauta desta reunião pode ser consultada no site do Senado.
Além disso, no dia 28 de setembro, a CPMI também ouvirá Alan Diego dos Santos Rodrigues. Ele foi condenado por colocar uma bomba em um caminhão-tanque de combustível nas proximidades do Aeroporto de Brasília. A comissão já ouviu outros dois condenados pelo atentado, o empresário George Washington de Oliveira Sousa e o blogueiro Wellington Macedo de Souza.
De acordo com informações obtidas em seu depoimento anterior à polícia, Alan Rodrigues afirmou ter recebido o explosivo no acampamento que estava localizado em frente ao quartel general do Exército. Acredita-se que o depoimento de Rodrigues possa esclarecer possíveis conexões com outros articuladores dos atos antidemocráticos que resultaram nas invasões às sedes dos três poderes.
Alan Rodrigues será ouvido no mesmo local que o ex-ministro Augusto Heleno, no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado, a partir das 9 horas, no dia 28 de setembro. A pauta desta reunião também está disponível no site do Senado.
A CPMI do 8 de Janeiro tem como objetivo investigar os acontecimentos ocorridos no início deste ano, quando um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro invadiu o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Através dos depoimentos dos envolvidos, espera-se obter mais insights sobre os motivos e as conexões por trás desses atos. A comissão é composta por deputados e senadores e possui poderes de investigação semelhantes aos das autoridades judiciais, podendo convocar depoentes e quebrar sigilos.
Esses depoimentos são fundamentais para esclarecer os fatos e buscar a responsabilização daqueles que executaram ou incentivaram o atentado a bomba no aeroporto de Brasília, assim como para compreender como as instituições de segurança e inteligência lidaram com as informações disponíveis à época. A expectativa é que as investigações realizadas pela CPMI do 8 de Janeiro possam contribuir para a promoção da transparência e fortalecimento do Estado de Direito.
